15 October, 2007

Ondas.

Mecha as mãos, mecha a cabeça
mas não fale
almas vivas estão em torno de mim
e elas não me vêem

Olhando as ondas que lavam, eu nunca esqueço
as ondas silenciosas trazem
trazem o gelo a se quebrar

Está tão frio aqui em volta
eu estou esperando por algo
mas tudo que eu sou
é um sorriso falso

Quanto tempo isto pode permanecer
emoções silenciosas serão superadas
eu desejo saber como
eu simplesmente posso fluir

Tempestades estão por vir
me preocupa mais ainda
bloqueios futuros
dizem tantas palavras inacabadas

Me cure e me livre
pois o anoitecer está logo ali
para acreditar como eu saio daqui
As ondas contrastam a mim mesmo

08 October, 2007

Insano.

Tudo que eu quero
é estritamente proibido
tudo que eu realmente quero
é estritamente insano

Eu sou perfeitamente equilibrado, flutuarei por aí
até que ninguém esteja por perto, você ouve esse som?
que vem do escuro e vai pra janela

Eu caí no óbivio
e a história se desvanece lentamente

Eu sei o que eu quero
mas isso nem sempre é bom

Isso me conecta a alguém que eu não sei
estes sentimentos não podem ser controlados

Este sentimento estranho me pega
e gera essa bagunça enorme

Um alívio doce me acalma
me faz afogar, perdido e encontrado.

03 October, 2007

A Última Canção.

Todo mundo tem restos de sonhos
esquecidos no fundo de um bolso

Este quarto não tem mais paredes
mas sim árvores, árvores infinitas
este teto branco, não existe mais
eu vejo o céu azul sobre mim

Eu permaneco aqui, abandonado
como se não houvesse mais nada,
mais nada no mundo,

Algumas notas, me parece uma flauta
que canta para mim todos meus segredos,
todos meus segredos de noites dormidas,
estão na ponta dos meus ouvidos,

É uma canção de sentimento desvanecido,
como aquela que o gato cantou um dia,
três vezes, nada de acordar
três vezes, nada acontece como essa melodia

É o que me resta
o grito da minha voz,
é uma canção em recordação
para não se esquecer, sem nada dizer
se esquecer, sem nada dizer.