03 October, 2007

A Última Canção.

Todo mundo tem restos de sonhos
esquecidos no fundo de um bolso

Este quarto não tem mais paredes
mas sim árvores, árvores infinitas
este teto branco, não existe mais
eu vejo o céu azul sobre mim

Eu permaneco aqui, abandonado
como se não houvesse mais nada,
mais nada no mundo,

Algumas notas, me parece uma flauta
que canta para mim todos meus segredos,
todos meus segredos de noites dormidas,
estão na ponta dos meus ouvidos,

É uma canção de sentimento desvanecido,
como aquela que o gato cantou um dia,
três vezes, nada de acordar
três vezes, nada acontece como essa melodia

É o que me resta
o grito da minha voz,
é uma canção em recordação
para não se esquecer, sem nada dizer
se esquecer, sem nada dizer.

6 comments:

Anonymous said...

Eu não tenho não! rsrs
Os meus "restos de sonho" foram consumidos por uma certa fogueira de São João, rs
Verdade que as vezes não há o que dizer,,, verdade!

Abraços e solitárias invenções!

dän said...

vim buscar inspiração logo cedo.

Anonymous said...

Sim, todos nós temos restos de sonhos esquecidos...

Só precisamos saber se vale a pena deixá-los lá ou resgatá-los!

Anonymous said...

Felipe
Gostei muito desse poema.
Você escreve muito mocinho!!

Babi said...

loved loved loved :)

Rainha de Copas said...

e o que somos nós se não resto do que passou?